Sempre que posso, vejo na TV Prevê, a reprise da Sessão da
Câmara Municipal que acontece toda segunda-feira em Lençóis Paulista. Confesso
que não gosto daquela leitura enfadonha feita pelo secretário da mesa e votada,
em seguida, pelos senhores vereadores.
Prefiro ouvir os debates. Porém, são poucos os vereadores que têm o dom
da palavra, mas desta vez eu tinha um motivo especial para segurar minha
impaciência e ficar focada num assunto muito importante que ia ser votado: o
Estatuto do Magistério Público Municipal. Sabia que na sessão anterior à
discussão, ou melhor, o debate, tinha sido caloroso. Mas havia pontos polêmicos
que precisavam ainda de um tempo maior para serem aprovados. E foi exatamente
isto que aconteceu. Há uns tempos, mudaram a jornada do professor municipal,
tornando impossível para ele, acumular um cargo no município e outro no estado.
Queriam que o professor municipal trabalhasse exclusivamente para o município.
Agora, querem redução na jornada, para que possam acumular. E parece-me que foi
aprovado. Outros pontos polêmicos ficaram para serem votados nas escolas por
todos os professores. Toda a Câmara se dispõe a acompanhar e fiscalizar esse
processo, para que realmente retrate a vontade da maioria. Tenho certeza de que
quem me acompanha no blog deve estar se perguntando porque meu interesse por
esse assunto. Porque gosto de acompanhar tudo que se refere à educação, embora
eu não seja funcionária municipal. Esse processo de erros e acertos, esse vai e
vem, mostra como é difícil acertar. O que foi bom ontem, já não é mais hoje.
Espero que diante das mudanças já aprovadas, o resultado apareça em uma melhor
qualidade de ensino. A fala de um nobre vereador é que me levou a escrever esta
página. Ao ocupar a Tribuna, ele fez menção às suas primeiras professoras:
Maria Ângela Trecenti Capoani, que o alfabetizou, Dulcinéia Orsi Morelli,
professora do segundo ano e Anna Dorothy Pirozzi Seoli, professora do terceiro
e quarto anos. Ao falar de suas primeiras mestras, expressou sua gratidão pelo
trabalho feito com carinho, dedicação, competência e muita doação. Lembrou-se
de um mimo que ganhou de sua professora D. Dorothy: versos pirografados num
retângulo de madeira, mas que ficaram gravados também em sua memória.
Recitou-os e um colega o chamou de vereador poeta. Tipó, o nobre vereador
poeta, homenageou assim todos os professores que têm em suas mãos a formação
das novas gerações.
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