Nunca como em nossos dias, se teve tanta impressão de que o tempo passa
veloz, tudo parece mais curto, as horas se vão adiantadas e, no turbilhão das
informações, nos sentimos como que imersos em um mundo que voa. De repente, se
ouve a insistente expressão: ”Já estamos no final do ano, logo é Natal”. De
fato, mais uma vez, chegamos ao tempo do Verbo Encarnado. Recordamos o Deus da
promessa, envolto em panos, no colo de uma mãe, na pobreza-rica de um presépio.
E como é boa a sensação de que o Natal está sempre próximo de nós. E se nos
sentimos acelerados, ao menos a delicadeza da manjedoura, cada vez mais
próxima, nos acalenta. Desde o dia em que Deus resolveu se fazer humano, o
mundo passou a ser mais divino. E a cada Natal o presente se renova. Não
resisti à beleza desta mensagem enviada pelo Pró Vocações e Missões
Franciscanas a todos os seus associados. Como também ao desejo de enviar a
todos que me prestigiaram durante o ano de 2014, os votos de Paz e Bem,
ressaltando o pensamento do Papa Francisco: ”A VERDADEIRA PAZ É UM COMPROMISSO
DE TODOS OS DIAS, MAS A PAZ É ARTESANAL, REALIZA-SE A PARTIR DO DOM DE DEUS, DA
GRAÇA QUE ELE NOS DEU EM JESUS CRISTO.”
Que esta GRAÇA nos acompanhe por todo o ano de 2015. Ao participar da
Santa Missa no primeiro dia do ano, recebemos do padre Gustavo dois conselhos
que devemos levar para o resto de nossas vidas. O primeiro, que eu considero o
mais importante, é invocar a benção de Deus para nossos filhos a cada manhã,
dizendo: ”O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua
face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!”
Estas palavras estão no Livro dos Números (6,22-27) e foram ditas pelo Senhor a
Moisés, ensinando-o a invocar sobre os filhos de Israel as bênçãos de Deus.
Padre Gustavo lembrou que nossos pais, nossos avós, tinham o costume de
ensinarem os filhos a “pedir benção”, principalmente, na hora de dormir. Alguns
pais ainda fazem isso. É um costume que não deve cair no esquecimento. Por isso
recomendou que levássemos para casa o folheto da missa, e retomássemos esta
orientação dada pelo próprio Senhor. Ah, se soubéssemos quanto poder nos dá o
Sacramento do Matrimônio para proteger nossos filhos jamais esqueceríamos de
abençoá-los. Outro conselho dado pelo padre Gustavo foi o exercício diário dos
doze abraços. E ali mesmo, ao final da missa, ele sugeriu que começássemos a
prática dos 12 abraços, indo ao encontro de doze irmãos, afinal somos uma
família em Cristo! Como faz bem ao nosso coração sentir o calor de um carinho sincero.
Um fato inesperado aconteceu logo que terminou a missa. Eu, meu marido e minha
filha já estávamos nos dirigindo ao carro, quando uma voz forte chamava por
mim: D. Zuleika, D. Zuleika! Olhei e vi um homenzarrão sorrindo e dizendo: “A
senhora não se lembra de mim”? A minha primeira reação foi perguntar o nome. ”
Villa Nova”, D. Zuleika. Olhei para ele e disse: claro que lembro, os dois
irmãos Villa Nova. Já havia admirado a família na Procissão das Oferendas: o
pai, a mãe e os dois filhos. Quando nos despedimos, ele disse em alta voz: ”A
senhora foi a professora que ficou no meu coração!” Só narrei este fato porque
ele ilustra muito bem o sentido que tem um abraço, uma palavra, um sorriso, um
agradecimento, um reencontro, reforçando as palavras do Pe. Gustavo. Muitas
vezes deixamos de externar o que sentimos, gestos que fariam a diferença! Ao
PADRE GUSTAVO que brevemente nos deixará para semear a Palavra de Deus em outra
Paróquia, nosso muito obrigado! Tenha a certeza de que vamos sentir saudades.
Não vamos mais ouvir suas “historinhas” ilustrando e transmitindo lições tão
profundas. Temos certeza que a maneira como evangeliza é um DOM de DEUS que o
Senhor coloca à serviço. Felizes os que puderem desfrutar, nem que seja por
apenas um ano, de seu sacerdócio! Mais uma vez, obrigada Padre Gustavo!
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