O ditado popular “Homem com homem, mulher com mulher, faca
sem ponta, galinha sem pé”, é tão verdadeiro para retratar a separação que
havia entre meninos e meninas, na minha época, que hoje foi difícil escrever
esta página. Se pegarmos as fotos de turma da década de 50, 60, veremos turmas
só de meninos ou só de meninas. Turma mista era muito rara.
Não tenho nenhuma foto com a minha turma. Meus irmãos mais
novos têm. Se alguém da turma tiver, por favor, gostaria muito de vê-la.
Falar dos meninos, portanto, ficou difícil. Tenho boas
lembranças dos que moravam perto de minha casa, das brincadeiras na rua ou nos
quintais de suas famílias.
Vou começar pelo RICARDO, filho de D. Cleofe e do S. Emílio,
irmão do Renato e do Reginaldo Rossi. Sua mãe foi professora leiga na zona
rural. Como não teve filha mulher, eram os três que a ajudavam nos afazeres
domésticos. Seu pai era empreiteiro da DER e músico. Seu instrumento era o
clarinete. Conheci muito bem o Seu
Emilio. Era amigo do meu pai e do meu sogro. Ele e outros músicos da época
animavam os encontros dos alegres descendentes de italianos, na Rocinha (Boso e
Casagrandi),na Fazenda Santa Maria (Boso), na fazenda do tio Luís Boso, no Turvinho
e muitos outros lugares. Ricardo se tornou bancário e é casado com a professora
Neusa.
Carlinhos, José Carlos do Amaral, morava muito perto de
casa. Conheci muito bem a família de S. Tosa, apelido de seu pai, pois para
chegar à casa de minha avó, tinha que passar pela porta da casa dele. Carlinhos
tinha quatro irmãos. Conheci todos, mas fui mais próxima da Clélia e da
Odanisa. Hoje elas estão aposentadas. Carlinhos se tornou bancário. Casou-se
com a professora Soeli. Eu e o Belmiro fomos seus padrinhos de casamento.
Cláudio Paschoarelli, o atleta. Hoje, enquanto escrevo esta
página, está lá no CESEC participando do JORI, Jogos Regionais do Idoso. Primo
irmão do Belmiro, seus pais moravam na esquina da Pedro Natálio com a Treze de
Maio. Seu pai tinha uma alfaiataria e era músico também. Cláudio tinha quatro
irmãs: Catlen, Cláudia, Celina e Cíntia. Catlen e Celina são professoras
aposentadas.
Milton Moretto. Quem não conhece o Milton? Filho do S. Horácio
Moretto e da D. Angelina. Milton é irmão da Jeanice, da Marlene e do Horacinho.
Bancário aposentado, pertence ao Lions Clube de Lençóis. Como seu pai, é uma
figura carismática. Muito alegre e brincalhão faz um belo par com sua esposa
Maria Amália. Tenho certeza que não deixará de estar presente no dia 12 de
Abril, DIA DO REENCONTRO.
Odir Burato, casado com a Lúcia, formam um belo casal, um
exemplo de religiosidade e serviço à Igreja.
Frank Muller, filho da D. Antonieta, “a Verônica”, que com
sua voz maravilhosa, sempre emocionou a todos nas solenidades da Semana Santa,
mora em São Paulo, mas D. Antonietinha continua firme em Lençóis.
Infelizmente, já não canta mais na Sexta
Feira Santa, mas nas missas em que está presente, solta a voz. Obrigada D.
Antonieta!
Cidemar Lari Luminatti, filho do S. Hermínio Luminatti, dono
da papelaria Colegial. Cidemar passou boa parte da sua vida ao lado do pai,
ajudando-o a administrar a loja. Os Luminatti foram ótimos nesse ramo. Formou-se
em Direito. Casou-se. Não mora mais em Lençóis.
Juarez Castelhano, casado com a Cacilda, montou uma das
primeiras bicicletarias de Lençóis Paulista.
Dos outros meninos não tenho notícias. Ia me esquecendo de
falar de um, em especial, o Belmiro. Embora tenhamos estudado juntos somente no
primeiro ano, é dele que eu tenho mais histórias para contar, pois sou casada
com ele. As histórias dariam para alimentar meu blog o resto da vida! Até mais.