segunda-feira, 9 de março de 2015

O DIRETOR SEBASTIÃO SANTOS

Seu Sebastião veio da cidade de Tatuí. Eram quatro ou cinco irmãos, nenhum casado. Conhecia o Seu Sebastião pela grande amizade e carinho que tinha com a família da tia Conceição, pois foi ali que se aninhou quando veio para Lençóis. A família o adotou e foi recíproco. Ali fazia suas refeições, recebia carinho, preenchia a saudade de sua família, se refugiava nas horas difíceis e sabia que podia contar com tudo isso. Tia Conceição era uma mulher muito fina. Antes de se casar, trabalhou na casa da professora D. Antonieta Malatrazi, e dela aprendeu, principalmente, a delicadeza no trato com as pessoas. Falava baixinho, expressava-se muito bem, mas era na cozinha que revelava seus dons, era quituteira de mão cheia. Sua casa era procurada pelos professores que vinham de fora. Seu Sebastião morava em um sobradinho na mesma rua do Esperança e, exercia também, a profissão de advogado. Outra grande amiga de Seu Sebastião, D. Amélia, morava na mesma rua. O cafezinho era sagrado na sua casa. D. Amélia também entrou para a História da Educação no município, principalmente pela sua atuação no município de Alfredo Guedes. Professora alfabetizadora de primeira linha, dona de uma caligrafia incrível, também marcou fortemente alunos e colegas. Depois de aposentada e morando muito próximo do Esperança, teve a chance de trabalhar mais um pouco e ao lado do grande amigo, Seu Sebastião. Embora a idade já tenha marcado muito Dona Amélia, sua presença desperta sempre o maior carinho e respeito pelo exemplo de vida. Sentiu muito quando perdeu seu grande companheiro. São seus filhos que hoje a amparam. Dona Amélia será sempre lembrada por seus ex-alunos, colegas e todos os que passarem pela escola que leva seu nome. Quando a Cássia Regina, minha filha mais velha, fez a Primeira Comunhão, Dona Amélia fez questão de deixar uma mensagem no seu álbum, que reflete a luz divina que sempre norteou sua vida e que sempre procurou irradiar.


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