12h30min. Soava o sinal. Os professores apareciam na escada
que dá para o pátio interno do Esperança de Oliveira. Os maiores formavam a
fila no galpão. Os menores, no corredor que liga o pátio às salas de aula.
Cada professor se posicionava à frente da sua turma e a
conduzia até a sala. Nossa sala era a primeira adentrando a escola.
Professora e diretor (na época, seu Nascimento),
inspecionavam os alunos enfileirados e uniformizados. Exigiam disciplina,
respeito. A partir do momento que o sino tocava para o início das aulas, as
brincadeiras, conversas, cessavam.
Nosso uniforme era: saia azul marinho, pregueada; blusa
branca, de manga curta, com abotoamento frontal e um laço de fita. A
cor do laço variava de acordo com o ano.
Primeiro ano: laço amarelo
Segundo ano: laço vermelho
Terceiro ano: laço verde
Quarto ano: laço azul.
Sapato preto e meia branca completavam o visual.
Os meninos usavam calça curta azul marinho, camisa branca e
uma gravatinha azul marinho.
Na gravatinha era colocada uma tirinha branca para o
primeiro ano, duas para o segundo, 3 para o terceiro e quatro para o quarto.
Ao entrar na sala, lembro que havia ordem para sentar,
levantar, ir ao banheiro.
A arrumação das salas era impecável. Tínhamos duas lousas:
uma a frente e uma na lateral. Sobre a da frente, um quadro do patrono da
classe. Sobre a lateral, um relógio com pêndulo. Ao fundo da sala, um armário
grande, de madeira, onde ficava o material do professor e os nossos cadernos.
Começávamos usando o caderno BORRADOR, sem pautas, para
depois usar o pautado. Eles eram encapados no mesmo esquema das cores dos laços, amarelo para o primeiro ano, vermelho para o segundo, verde para o terceiro e azul para o quarto.
As janelas eram imensas, altas, recebíamos toda ventilação e
luz que precisávamos.
As carteiras eram duplas. Sentávamos de dois em dois. Eram
de madeira com estrutura de ferro.
Os quadros eram negros.
Apagar a lousa era o desejo de toda criança. Ficar com essa
tarefa, era um prêmio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário