domingo, 9 de março de 2014

Nossa sala de aula, o pátio, a escadaria...

As salas de aula eram todas iguais. O mesmo mobiliário, a mesma disposição, etc.
Todas possuíam duas lousas, um relógio de parede, um quadro com o patrono da classe, três fileiras de carteiras duplas, a mesa do professor, três janelas amplas, duas portas, uma na frente e outra atrás, na mesma parede. Não lembro se entrávamos por uma e saíamos por outra. Lembro que tanto para levantar, como para sentar, a professora contava 1, 2, 3, e, a cada ordem, correspondia uma posição.
A lousa era negra. A cor de giz mais usada, branca.
No segundo ano ocupei uma sala geminada, que ficava de frente para a Rua Anita Garibaldi. Geminada por quê? Porque eram duas salas normais, mas separadas por uma imponente parede de madeira, toda trabalhada e que no final do ano, era aberta e dava lugar a um grande salão, onde acontecia a exposição dos trabalhos manuais feitos pelas crianças do primeiro ao quarto ano. Eram bordados, trabalhos em madeira, etc.
Lembro que os meninos faziam um trabalho na madeira muito interessante. A professora riscava um desenho, uma paisagem, um animal, e a criança pegava um preguinho e batia, fazendo o contorno do desenho com furinhos. A madeira, ou seja, o quadrinho, era lixado e depois pintado com lápis de cor.
As meninas bordavam: ponto correntinha, ponto atrás. No primeiro ano eu já sabia fazer sapatinho de tricô para bebê.
As exposições aconteciam, portanto, no salão. Hoje, após sucessivas reformas, a divisão em madeira foi substituída pela alvenaria, deixando de existir um espaço tão importante para a escola.
E o galpão do Esperança? Está lá tal qual era na minha infância, com uma diferença, não existe mais a linha no chão que dividia metade para as meninas, metade para os meninos. Só permaneceu banheiro dos meninos, banheiro das meninas. A cozinha ocupa o mesmo espaço. O jardim interno quase desapareceu.
O espaço para as brincadeiras também era separado. Meninas de um lado, meninos do outro.
E espaço que era ocupado pelos meninos foi destinado, atualmente, à quadra de esportes, onde acontecem as aulas de Educação Física e as famosas Festas Juninas.
O espaço que era ocupado pelas meninas, hoje deu lugar à circulação dos alunos, que por ali, chegam e saem.
Os dois espaços, tanto à direita, quanto à esquerda, perderam em área, pois foram construídas salas de aula.
A imponente escadaria do Esperança era usada pelos professores quando chegavam na escola, e, na saída, por professores e alunos.
Os portões permaneciam fechados e só abriam quando era hora de ir embora.
O Esperança de Oliveira acolhia todos os alunos da cidade. Os professores moravam todos muito próximos da escola. A cidade era pequena. Acolheu também, professores de cidades vizinhas. Minha professora do segundo ano veio de Agudos, chamava-se Dona Clélia. Antes dela, tivemos uma de São Manuel, Dona Zilda.
Foi com a Dona Clélia que terminamos o segundo ano. Passei em primeiro lugar e dela ganhei o livro ZABUMBA como prêmio. Fiquei muito feliz!
Gostaria muito de receber notícias da D. Clélia (Agudos) e D. Zilda (São Manuel). Se alguém puder me ajudar, por favor, utilize o espaço destinado aos comentários.

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