Como disse anteriormente, Dona Leda era dona de uma didática
invejável para ensinar a ler e escrever.
Lembro perfeitamente que nem todos aprendiam com a mesma
rapidez.
De acordo com o ritmo, a classe era dividida em seção A, B e
C.
Seção A – eram os alunos mais lentos
Seção B – eram os médios
Seção C – eram os mais rápidos.
Os alunos mais lentos ficavam junto à lousa lateral, o que
facilitava o contato e reforço separado para eles.
O centro da sala e a lateral próxima à janela eram ocupados
pelos demais alunos.
Letra de forma e letra de mão eram aprendidas juntas, assim
como as maiúsculas e minúsculas.
Dona Leda riscava a lousa, colocava a lição e nos chamava para
a frente. Em pé, próximos a ela, aprendíamos as lições. Havia muita repetição,
muita fixação, muita oralização.
“Dedinho no ar” era a ordem mais repetida por D. Leda para
aprendermos o traçado correto das letras. Os movimentos de vai e vem, sobe e
desce, iam se sucedendo conforme a lição que estávamos aprendendo, primeiro no
ar, depois no papel.
Dona Leda era dona de uma caligrafia perfeita.
No segundo semestre, a maioria dos alunos estava
alfabetizada.
Fazia parte da programação do primeiro ano a Festa do
Primeiro Livro.
Era um momento muito solene, preparado com muito carinho.
Nosso primeiro livro, específico para o primeiro ano, fazia parte da série “Seleta
Escolar”.
Lembro que não fui a primeira aluna no primeiro ano, mas
sempre fui umas das primeiras. Se a minha memória não falha, quem ficou com
esse louro foi o meu colega de classe José Carlos do Amaral.
O único fato desagradável que me marcou neste primeiro ano, foi
ter lembrado, ainda na fila de entrada, que havia esquecido meu lápis preto em
casa. Dona Leda ficou muito brava. Chorei muito, mas ela acabou me emprestando
um. Nunca mais esqueci nada!
Quantas recordações. Quero participar tambem.
ResponderExcluir