segunda-feira, 1 de junho de 2015

Festas Juninas - Doces lembranças


Já estamos no mês de Junho, sexto mês do ano. Tradicional mês das festas juninas. Tornou-se tão curto, que o que era tradição ser comemorado em junho, agora se estende pelo mês de julho.Temos, então, festas juninas e julinas. Junho tem gosto de quentão, vinho quente, pipoca, canjica, doce de abóbora, de batata doce, arroz doce, etc. Desde muito cedo tomei gosto por estas festas. Quando criança, meu pai nos levava pelos sítios de seus tios  e ali desfrutávamos da alegria de ver os familiares e amigos reunidos. Eu acho que para as crianças não havia coisa mais linda do que ver a fogueira ardendo e a sanfona tocando com maestria. As rancheiras executadas levavam para o meio do terreiro os casais que varavam a noite dançando.Todos arrastavam os pés alegremente. Tive oportunidade de crescer ouvindo este instrumento tocado com habilidade pela família BOSO e de conhecer pessoalmente o MÁRIO ZAN, sanfoneiro muito amigo da família e que fazia questão de comparecer às festas ou simplesmente curtir a amizade que os unia. Lembro-me das rezas, principalmente, da ladainha, que era rezada no final do terço, antes de erguer o mastro. Mês de junho era muito frio, e nós crianças não víamos a hora de levantar o mastro para correr e se aquecer na fogueira. Santo Antônio, o primeiro dos santos comemorado em junho, tem fama de santo casamenteiro. A tradição diz que quem não socar o mastro, não casa. Por isso, mal era levantado, as moças solteiras corriam na base do mesmo pedindo casamento e socando. Com isso, o mastro ficava firme até o ano seguinte. O pipocar dos rojões acontecia quando o mastro era levantado. Sempre ouvi falar que quem tem fé, no momento em que a fogueira já está reduzida à brasas, consegue atravessá-la descalço. Tinha muita curiosidade sobre isso, até que um dia, numa dessas festas em Alfredo Guedes, eu pude ver um devoto atravessar a fogueira sem se queimar. Inacreditável! 

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