sábado, 13 de junho de 2015

LÍNGUA BENDITA

O fim do apostolado de Santo Antônio não aconteceu com a sua morte precoce, aos trinta e seis anos. Embora vivendo tão pouco, sua vida foi repleta de obras e méritos. Santo Antônio vive ainda no meio de nós com o mesmo poder que nos dias de sua existência terrena. Ele continua a nos falar como falou durante toda a sua vida. Essa SANTA LÍNGUA, que converteu milhares de pecadores e reuniu em torno dele os peixes do mar para confundir os incrédulos, essa língua que se fez ouvir em todos os idiomas como no dia de Pentecostes, que ressuscitou mortos, que consolou tantas almas, que curou tantas doenças, essa língua que o Papa chamou a Arca do Testamento, onde se conserva o maná do céu e a vara miraculosa de Moisés, essa Língua, enfim, que durante a sua vida se reduziu ao silêncio para nos ensinar a humildade, a renúncia e a união com Deus, está realmente entre nós. Trinta e dois anos após a sua morte, quando fizeram a trasladação das relíquias de Santo Antônio, encontraram os ossos e seu corpo reduzidos à cinzas, porém, a Língua estava intacta. Em presença de fato tão extraordinário, o seráfico Boaventura, não contendo a emoção, tomou-a em suas mãos, beijou-a e exclamou: ”Ó língua bendita, que não cessastes de louvar a Deus e que o fizestes louvar por um número infinito de almas, vê-se agora quanto sois preciosa aos olhos de Deus”! Depois fê-la encaixar num relicário de ouro, para ser venerada através dos séculos. Nada mais era necessário para crescer a devoção ao Santo. Os milagres, que não cessavam um só dia, aumentaram ainda mais.


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