quinta-feira, 18 de junho de 2015

RETOMANDO MINHA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

Estamos no ano de 1.991. Estou no Esperança de Oliveira. Como sempre, assumo uma classe de quarto ano. Uma classe de dar inveja. Alunos muito bem preparados e que renderiam muito em aproveitamento. Lembro que minha filha caçula, a Viviane, fazia parte desta turma. Minha sobrinha e afilhada Fernanda Virgínia também. Eram cerca de trinta e oito a quarenta alunos. Para minha filha Viviane, ser minha aluna, era o que mais queria. Com a classe lotada e todo o entusiasmo para iniciar mais um ano, partimos. Lembro que era uma classe que exigiria muito de mim, mas tinha certeza dos bons resultados que alcançaria. O primeiro dia de aula era sempre muito importante. Nós estabelecíamos os padrões de comportamento para o ano todo. Eu falava muito e, a partir de então, ia reforçando diariamente tudo que havia sido proposto. Era muito enérgica e exigente. Meus alunos tinham que se destacar em tudo, principalmente, ir para a quinta série muito bem preparados. Para isso, mantinha um contato muito estreito com os professores da quinta série. Costumava desafiar meus alunos, propondo questões de livros da quinta série. Eles gostavam muito. Ficavam radiantes quando se saíam bem nesses desafios. Pois bem, o ano de 1.991 nos pegou de surpresa . Mal teve início, saíu publicado no Diário Oficial do Estado, a minha chamada para escolha da vaga de Diretor de Escola, concurso que eu havia prestado há algum tempo. Assim que publicaram a relação de vagas, eu e outras colegas aprovadas nos reunimos para analisar qual a possibilidade de escolhermos o mais próximo possível de nosso município. Era o momento, fosse onde fosse teríamos que ir, e depois, caso fosse fora do município, tentar voltar pelo Art. 22, ou tentar um cargo comissionado na Delegacia de Ensino de Lençóis. Fora isso, havia a possibilidade  de aguardar um próximo Concurso de Remoção. Com a minha escolha como Diretora de Escola, deixei o Esperança de Oliveira para, por acesso, assumir meu cargo de Diretora de Escola. Enchi-me de coragem e fui para o município de Pratânia. A Escola onde ingressei leva o nome de uma professora da região. Imensa, com mais de mil alunos, tinha Ensino Fundamental e Ensino Médio. Muitos alunos vinham da zona rural, eram recolhidos por ônibus e percorriam uma longa distância para chegar até a mesma. Eu mesma, como Diretora, tinha que sair às sete horas de casa, para estar, pontualmente, às oito horas na porta da escola. Eram dois ônibus, um até São Manuel, outro de São Manuel até Pratânia. Dia 19 de março, dia de São José Operário, lá estava eu, com a cara e a coragem, sem nenhuma experiência em Administração Escolar, assumindo uma escola de Primeiro e Segundo Graus. Como me saí, conto na próxima página!

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