Interessante notar como as três
crenças mais populares atribuídas a Santo Antônio se entrelaçam. Como surgiu a
crença no Santo das coisas perdidas? Dizem que uma senhora de família nobre
perdera as chaves de sua casa e ninguém conseguia abrir-lhe a porta. Pediu a
Santo Antônio que a ajudasse e, como retribuição, prometeu que daria, caso as chaves fossem encontradas, pão para
os pobres a cada terça- feira. O Santo a ouviu, as chaves foram encontradas e
ela, até o fim de sua vida, cumpriu a promessa feita na hora da aflição. Desde
então, Santo Antônio sempre foi invocado como o santo das coisas perdidas, das
quais a mais perdida de todas é o coração humano. Daí ser invocado como o Santo
Casamenteiro, que aproxima os corações
perdidos. Há muitas lendas em torno dessa crença. Eis uma delas: existia em
Pádua, um tirano de nome Ezzelino, que baixara um decreto, segundo o qual, tanto o homem como a mulher deveriam levar para o casamento o mesmo dote. Assim, rico sempre se casaria com rico e pobre com pobre. Casava-se mais com a “carteira” do que com o coração. A população da cidade se revoltou e Santo
Antônio enfrentou o tirano em praça pública. E tal foi a força de suas palavras
que Ezzelino foi obrigado a revogar o tal do decreto. Santo Antônio foi
carregado em triunfo e, desde então, aclamado como ”o santo casamenteiro”.
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