Foi no dia 15 de agosto de 1195, que nasceu em Lisboa, Santo Antônio de Pádua. Pelo lado paterno pertencia à ilustre família de Godofredo Bulhões e, pelo lado de sua mãe, Maria Teresa de Távora, à família real das Astúrias. Consagrou-se ao Senhor desde muito pequeno, educado que foi por mãe muito piedosa. Quando completou dez anos, entrou no colégio dos cônegos da catedral. A sua piedade de anjo, fazia com que fosse admirado por todos. Foi aos 15 anos, que se entregou sem reservas ao serviço de Deus. Entrou num convento dos cônegos de Santo Agostinho, em sua cidade natal. Era muito apaixonado pela oração, mas recebia muitas visitas de parentes e amigos e isto o impedia de entregar-se a elas com todo o ardor de sua piedade. Pediu aos seus superiores autorização para se retirar para o convento de Santa Cruz de Coimbra, onde poderia ficar mais sozinho e, então, se dedicar ao que desejava. Autorização concedida, ali passou dez anos de sua vida. Foi ali que entre as obrigações que lhe eram atribuídas pela ordem, aproveitava todo o tempo que lhe restava, para a meditação e leitura dos livros santos. Dócil às inspirações da graça, aplicava-se a conhecer e procurar tudo que era agradável a Deus. Santo Antônio tinha uma memória prodigiosa e retinha tudo que lia. E assim abrasado de amor a Deus, encontrou na leitura assídua da Palavra, o calor necessário para oferecer um coração ardente a Deus. Como boa árvore plantada em terra fértil, Fernando de Bulhões crescia e adornava-se para dar frutos abundantes no tempo preciso.
Um dia, durante os primeiros anos de sua vida, o jovem Fernando rezava, com as mãos postas, diante da imagem da Santíssima Virgem. De repente, o demônio, invejoso da beleza de sua alma, apareceu-lhe sob uma forma horrenda, ameaçadora, procurando afastá-lo de Maria. Na hora, o menino lembrou-se do que havia aprendido sobre o poder do Sinal da Cruz. Traçou-o imediatamente, sobre o mármore onde estava ajoelhado rezando. Que maravilha! O mármore tornou-se flexível sob a pressão de seus dedos e o Sinal da Cruz ficou impresso nele! O Sinal da Cruz, mais forte que um raio, expulsou o espírito mau. O tempo não apagou este sinal, e até hoje, os peregrinos beijam este vestígio, primeiro prodígio de Santo Antônio de Pádua.
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