Sei que muita coisa que relato
hoje é fruto de uma fé forjada pela catequese que tivemos quando crianças.
Catequese de inteira responsabilidade da família. De modo especial, pelas mãos
das mães. Já tive oportunidade de falar em meu blog dos recursos que eram
utilizados. Minha mãe tinha uma caixa de santinhos de papel, que eu e meus
irmãos adorávamos olhar. Foi com ela que aprendemos a conhecer os santos e suas
histórias. No seu quarto tinha uma figura em cartão de Nossa Senhora de Fátima
e aos seus pés os três pastorzinhos numa atitude de arrebatamento diante da Mãe
de Deus, que nos arrebatava também. Meu pai tinha uma fábrica de produtos
derivados do milho. Qual era o nome? São João. Tinha um quadro belíssimo na
parede com a figura dele. Olhar para
aquela criança angelical, de cabelinhos encaracolados, tendo ao seu lado aquele
carneirinho tão mimoso, também nos arrebatava para a presença de Deus. Na
cabeceira de nossas camas, a figura do Anjo da Guarda, que conservo até hoje. O
tempo foi passando, a educação foi mudando, e hoje se não fossem as catequistas
com seu trabalho de evangelização, desde a mais tenra idade, não sei quantas
mães teriam tempo para catequizar seus filhos. Hoje, não tenho só na lembrança o
que relato. Minha mãe conserva todas as imagens dos santos de que falei, e
quando algum está roído demais pelo tempo que passou, ela insiste em guardar,
pois jogar santo fora é pecado. E foi lá, no meio de suas relíquias, que fui
buscar subsídios para relatar muita coisa de Santo Antônio, já caídas no
esquecimento. Comecei minha página de hoje para falar do pãozinho de Santo
Antônio e também fazer uma homenagem à Tia Yolanda Radicchi, que dedicou sua
vida toda à Igreja. No dia de Santo Antônio enchia nossas mãos de pão bento,
porque fazia questão que levássemos para outras pessoas que não tinham
participado da missa e assim continuar a tradição. A história do “PÃO DE SANTO
ANTÔNIO” remonta a um fato curioso que é assim narrado: ”Antônio comovia-se
tanto com a pobreza que, certa vez, distribuiu aos pobres todo o pão do
convento em que vivia. O frade padeiro ficou em apuros quando na hora da
refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer: os pães tinham sido “roubados”.
Espantado foi contar ao Santo o ocorrido. Este, calmamente, mandou que ele verificasse
melhor o lugar em que os tinha deixado. O frade padeiro voltou espantado e
alegre: os cestos transbordavam de pão, tanto que foram distribuídos aos frades
e aos pobres do convento”. O PÃOZINHO DE SANTO ANTÔNIO é , por tradição,
colocado, pelos fiéis, nos sacos de farinha, com a fé de que, assim, nunca lhes
faltará o que comer.
No dia 13 de junho, às 18 horas,
Missa na Capela de Santo Antônio no Corvo Branco. Após a missa, quermesse, onde
serão oferecidos a tradicional sopa de gratine, salgados, doces típicos e
bebidas quentes. VAMOS PRESTIGIAR!
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