As quadrilhas fizeram, fazem e sempre farão o maior sucesso nas festas juninas. Dizem que no nordeste o ano se divide em duas partes: Carnaval e Festas Juninas. O Carnaval, seja onde for, não me atrai, mas as quadrilhas exercem um fascínio muito grande sobre mim. É nesta época do ano que fico presa à televisão atrás das reportagens das tradicionais festas juninas das regiões norte, nordeste. A riqueza das coreografias, o artesanato que explode no colorido das roupas, que riqueza de detalhes. A criatividade e variedade de materiais empregados é de uma riqueza ímpar. Não há ouro ou pedra preciosa que se iguale. Mas tudo isso cativa porque quem se dispõe a participar das danças, o faz com o coração. As raízes falam mais alto, e então, numa explosão de sentimentos o espetáculo acontece. E nossos repórteres, na ânsia de buscar o novo, acabam apresentando espetáculos que nada mais são do que a perpetuação de nossa cultura. Nestas regiões todos são valorizados, principalmente os mais velhos. São eles os responsáveis por manter vivas as tradições. Em todas as apresentações, o que vemos, são pessoas simples, de todas as idades, crianças, jovens, idosos. A partir do momento que integram um grupo, a alegria toma conta. Ninguém está preocupado se está acima do peso, se falta um dente na boca, se é velho demais, ao contrário, quando entrevistados exibem uma satisfação de dar inveja. Admiro o trabalho que os artistas mais jovens fazem, criando ONGS do nada, contando apenas com o recurso dessa motivação interna presente nas comunidades mais pobres e projetando-as para a vida! São jovens que ao invés de buscar na droga a realização pessoal, colocam os seus conhecimentos, a sua arte, a serviço da formação das novas gerações. E assim vão surgindo por esse Brasil afora, bandas, orquestras, grupos de dança, etc. Os projetos de sustentabilidade, outro grande exemplo. Do nada, mas muito bem orientados, contando apenas com os recursos naturais de cada região, o artesanato regional já está alcançando o mercado internacional.Por trás de cada idealizador de um projeto há um ser humano preocupado com o próximo, com o futuro. Vamos acompanhar com atenção o que o mês de junho nos reserva. E vamos curtir nossos netos dançando as populares quadrilhas em suas escolas.
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