Uma história que gravei na memória e guardo o livro até
hoje, pois foi o prêmio que recebi do diretor do Esperança, seu Nascimento,
vencendo o concurso da letra mais bonita do segundo ano.
Seu Nascimento era de Bauru, casado com uma professora que
se chamava D. Aidê.
Moravam muito próximo da escola e eram vizinhos de minha avó
Josefa.
D. Aidê era uma professora muito dedicada. Ela levava os
alunos que tinham dificuldade de aprendizagem para a casa dela e dava aulas
particulares.
Este casal me marcou muito pela bondade, humildade,
dedicação. Gostaria muito que fossem lembrados nesta festa dos 100 anos do
Esperança.
Hoje, assim que amanheceu, depois do café da manhã, fui
buscar o livro “ Rosinha Chinesa” na pasta onde guardo lembranças do meu tempo
de estudante. Está sem capa, amarelado pelo tempo, até com páginas rasgadas.
Ficou surrado de tanto ser manuseado.
O livro conta a história de uma criança chamada Rosinha, uma
gentil chinesinha, que voltou da escola chorando porque não queria mais ser
chamada de Rosinha, não gostava mais de seu nome. A mãe estranhou e quis saber
o porquê. Foi então, que Rosinha lhe contou que as coleguinhas de classe haviam
caçoado dela lhe dizendo que a Rosa era uma flor muito feia e má, pois é
cercada de espinhos que machucam a mão da gente, que arranham as nossas faces
quando queremos lhe sentir o aroma e rasgam as nossas vestes. As outras flores
sim, são mimosas, educadas. Vejam a margarida, a violeta, a glicínia, etc.
A mãe carinhosamente enxugou o pranto de Rosinha e lhe
convidou para dar uma volta no jardim. Procurou lhe consolar, mostrando que
tudo na natureza está bem feito. Depois de muita conversa, lhe sugeriu que
fosse ao parque infantil brincar com suas amiguinhas e apreciar as lindas
rosas, mesmo com “espinhos”. Porém, a mãe lhe pediu para não atravessar o
Bosque do Castelo Misterioso. Para chegar ao parque infantil, o caminho era
longo e Rosinha, desobedecendo a mãe, atravessou o Bosque onde se encontrava o
lindo Castelo Misterioso, isso tudo para encurtar o caminho. Rosinha ficou
encantada. Era todo cercado por uma muralha altíssima de roseiras com rosas
brancas como o leite. No meio dessa imensidão de rosas brancas, um tufo de
rosas vermelhas como o sangue.
Foi aí que apareceu uma bondosa velhinha, que conversando
com a menina, tomou conhecimento do desapontamento com seu nome e disse: - Se
você soubesse, bondosa menina, a história deste castelo encantado, haveria de
compreender, que graças a “cerca de espinhos”, um príncipe conquistou o coração
da linda princesinha. Diante da curiosidade da menina, a velhinha começou a
contar...
... Nesse majestoso castelo morava um rei muito bom e
corajoso, junto com a rainha, também muito bondosa e querida e uma adorada filha,
a linda e meiga princesinha, Mei Ling, que quer dizer, “Vida Bela” e que era a
alegria e a felicidade do reino. Quando...
O livro se encontra à disposição para quem quiser entrar no
mundo encantado das rainhas, reis, princesas, príncipes, que viveram felizes
para sempre!
ha 42 anos li este livro e seus versinhos nunca me sairam da cabeça... apaixonada
ResponderExcluirFiquei muito feliz por ter encontrado seu relato sobre o livro. Há 54 anos era meu livro preferido, que foi perdido ainda na minha infância. Me lembro perfeitamente da capa e do poema no final, mas não conseguia lembrar da história. Muito obrigada por relembrá-la!
ResponderExcluirTenho 49 anos e esse foi o livro que minha mãezinha me presenteou, entre outros tantos, que mais amei. Gratidão por esse resgate afetivo
ResponderExcluir