A Ditadura no Brasil começou exatamente no ano que comecei a
dar aula. A maior parte de minha vida trabalhei no Paulo Zillo. O Culto à Bandeira era uma atividade
obrigatória nas escolas. Toda quarta feira, saíamos no pátio para o hasteamento
da mesma e entoar os Hinos. Havia um rodízio entre as salas. A
cada semana uma classe ficava responsável. Era muito solene. Nós, professores,
tínhamos que achar um tema, desenvolvê-lo com as crianças e apresentá-lo na
quarta-feira, diante de toda a escola.Geralmente, aproveitávamos o próprio símbolo
da Pátria. Nada ficava sem aprender: o idealizador da Bandeira, o significado
das cores, o lema, as estrelas e os Estados que representavam, o uso correto da
Bandeira, proibições, enfim, esmiuçávamos o regulamento inteiro. Ganhavam as
crianças, ganhávamos nós, em conhecimento, em civismo. A INCINERAÇÂO DAS
BANDEIRAS, nos quartéis ou nos Batalhões da Polícia Militar, só podia ser feita
no dia da Bandeira, dia dezenove de novembro. Quando isto acontecia, as escolas
eram convidadas. As Bandeiras eram incineradas quando estavam em mau estado,
rasgadas, desbotadas, etc.
Lembro-me de um dos cultos à Bandeira que eu fiz com meus alunos, bem antes de sairmos do Elisa de Barros. O tema era Bandeiras do Mundo. É claro que escolhemos apenas algumas. Meu objetivo era ensinar as crianças a entoar alguma canção em outra língua, como também alguns cumprimentos. Estava começando o meu trabalho, a minha carreira. A motivação era grande. Itália, França, Inglaterra, Espanha, que eu me lembre, foram os países selecionados. Aproveitando uma quadrinha muito popular que dizia: ”Uma pulga na balança deu um salto e foi parar lá na ... As crianças completavam: ITÁLIA. Repetia a quadra e introduzia outro país, até esgotar todos. Anunciado o país, lá vinham alguns conhecimentos sobre o seu povo, costumes, língua, etc. Nesse culto, as crianças aprenderam como se diz Bom Dia em Italiano, em Francês, em Inglês, em Espanhol, etc. O mais bonito foi ouvi-las cantar em francês “Frére Jaques”. Os cultos aconteciam toda quarta- feira. Eram verdadeiras festas cívicas.
Lembro-me de um dos cultos à Bandeira que eu fiz com meus alunos, bem antes de sairmos do Elisa de Barros. O tema era Bandeiras do Mundo. É claro que escolhemos apenas algumas. Meu objetivo era ensinar as crianças a entoar alguma canção em outra língua, como também alguns cumprimentos. Estava começando o meu trabalho, a minha carreira. A motivação era grande. Itália, França, Inglaterra, Espanha, que eu me lembre, foram os países selecionados. Aproveitando uma quadrinha muito popular que dizia: ”Uma pulga na balança deu um salto e foi parar lá na ... As crianças completavam: ITÁLIA. Repetia a quadra e introduzia outro país, até esgotar todos. Anunciado o país, lá vinham alguns conhecimentos sobre o seu povo, costumes, língua, etc. Nesse culto, as crianças aprenderam como se diz Bom Dia em Italiano, em Francês, em Inglês, em Espanhol, etc. O mais bonito foi ouvi-las cantar em francês “Frére Jaques”. Os cultos aconteciam toda quarta- feira. Eram verdadeiras festas cívicas.
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