quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O PRAZER EM CONTAR HISTÓRIAS

Lembrar-me de minha avó Carmela, me fez refletir sobre o dom de contar histórias, o gosto pela poesia, pelas cantigas, pelas coisas simples da vida. Minha mãe não completou o primário, porém, herdou de minha avó, o mesmo dom. Não me lembro de todas as letras das musiquinhas que cantava, porém, falavam de passarinhos, cachorrinhos, flores, etc. As músicas eram as mesmas que toda mãe canta, mas a forma de dar vida a elas é que fazia a diferença. A nossa imaginação ia longe. Quando vejo meu netinho chamar os passarinhos para brincar com ele, volto a minha infância, porque inocentemente não entendia porque eles não atendiam o meu chamado também. Brincar de casinha é outra coisa que minha mãe faz como ninguém. Ana Luiza, minha neta, foi quem mais desfrutou nos últimos anos dessa brincadeira.
Outra lembrança boa é a da Caixa de Santinhos. De onde vem a nossa veneração aos santos, ao Anjo da Guarda, às orações Ave Maria, Pai Nosso, etc.?  Com certeza da profusão de imagens que era muito comum há décadas atrás. Santinhos eram distribuídos em todas as ocasiões. Eram as lembranças mais comuns que se oferecia nos Nascimentos, na Primeira Comunhão, na Catequese, nas Missas Festivas, Nas Missas de Sétimo Dia, etc.
A imagem era um recurso que facilitava a evangelização. Nas Igrejas, nas Capelas, os Santos eram venerados através de suas imagens, até que, por uma interpretação equivocada da própria igreja, eles foram retirados das mesmas. Graças a Deus, eles voltaram, e com força total. Para a evangelização dos mais novos é muito importante esta visualização.
Visitar as Igrejas das cidades por onde passamos quando viajamos, conhecer seus padroeiros, pedir graças, é um hábito que tenho e procuro passar para a minha família. Quantas Igrejas permanecem exatamente como foram construídas, verdadeiro Patrimônio da Humanidade.
A procissão da padroeira de nossa cidade é uma verdadeira prova da veneração aos santos, de suas vidas edificantes. Nela sempre estão presentes todos os padroeiros das capelas da zona rural e de todas as Igrejas de Lençóis. O andor de Nossa Senhora estava lindíssimo! 

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