O Museu Eduardo F.
Matarazzo me encantou, principalmente, pela História da Aviação. Por ter um
neto concluindo o Curso de Ciências Aeronáuticas, já praticamente com a
formação concluída de Piloto Comercial, acho que me tocou mais ainda. Jamais
poderia imaginar, que com seu jeitinho tímido, reservado, meu neto acalentava o
sonho de voar. Desde pequeno era um apaixonado por avião, trem, trator. Campo
de Aviação e Estação Ferroviária eram os lugares preferidos para passear.
Porém, ele guardou o seu desejo muito bem guardado. Quando estava para concluir
o Ensino Médio, toda a família ficou preocupada em saber qual seria sua opção
para continuar os estudos. A grande surpresa: Ciências Aeronáuticas, ser
piloto. Reação geral: preocupação. Mas que sonho é esse? Era um sonho
acalentado desde criança e que agora poderia ser concretizado desde que
reunisse todas as condições necessárias para exercer tal profissão. O pai, que
também é apaixonado pela aviação, foi quem deu o maior apoio. Além de todo
estudo e conhecimento que se exige, a saúde tem que estar perfeita. Anualmente
deve ser feito um exame médico completo, além de provas dificílimas que são
aplicadas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Comercial) para testar os
conhecimentos. E assim, sucessivamente, o aluno vai vencendo todas as etapas da
formação. X horas de voo são exigidas para cada categoria de piloto, até chegar
a piloto comercial. É muito bom saber que, quando voamos, estamos nas mãos de
profissionais muito bem preparados. Parabéns, Júnior, que Deus te abençoe na
profissão que escolheu!
Voltemos ao museu.
Como já disse anteriormente, além do imenso pátio onde ficam, no tempo, aviões
muito antigos, doados ao museu, existe um galpão enorme, dividido em salas
estreitas e compridas, onde podemos ver, enfileirados, carros antigos das mais
variadas marcas e modelos. Quando me deparei com o primeiro modelo idealizado
por Henri Ford, que percorreu as ruas de Detroit, fruto de sua famosa Linha de
Montagem, sistema que revolucionou a indústria automobilística, fiquei paralisada.
Genialidade! Lembrei-me também de meu professor de Administração Escolar, Dr.
Nelson Brollo. Foi com ele que conheci o Sistema de Linha de Montagem. Só não
gostei de um pequeno adereço na traseira do carro, onde, segundo explicações a
nós transmitidas, eram amarrados os escravos, que por alguma razão mereciam
castigo . Eram arrastados pelas ruas.
A coleção de carros
antigos é valiosíssima. Todos se apresentam com pintura reluzente, os metais
polidos, e quando há necessidade, são retirados para restauração. A entrada e
circulação no recinto são controladas por câmeras. Paga-se ingresso e o local é
de responsabilidade da Prefeitura Municipal. Na próxima página quero falar de
outras coisas que me impressionaram muito, como por exemplo, os telefones.