Sempre tive dificuldade com a matéria. Nosso primeiro professor de História
no ginásio foi o S. Osvaldo. Vinha de Agudos para lecionar em Lençóis, tínhamos
notas baixíssimas, mas ele não ficou com uma imagem negativa em nossa memória.
Quem ficou foi D. Diva. Tinha mania de colocar, nas provas, questões tiradas do
rodapé dos textos de nosso livro de História. Além de saber todo o conteúdo,
tínhamos que decorar as citações de cada página, que não eram poucas. Eu ficava
muito nervosa nas provas. Certa vez, percebendo o meu nervosismo, colocou-me
sentada na primeira carteira. Foi muito pior. Achei que ela estava desconfiando
de mim. Eu sempre fiz questão de sentar nas primeiras carteiras. Havia
professores tão desconfiados, que na hora da prova trocavam os alunos de lugar.
Ela era uma. Esta aversão à História me acompanhou por muito tempo. Poderia ter
me causado um grande prejuízo, pois precisaria dela para o resto de minha vida.
Graças a grandes mestres, que não vou citar nomes agora, convivo muito bem com
ela. Como poderia ser diferente, se tenho dentro de casa uma professora de
História, formada com a mais alta distinção no seu curso? Seu trabalho
dignifica o verdadeiro papel do educador: fazer germinar, mesmo nos solos mais
áridos, a semente do saber. Poderia ter contrariado sua vocação, mas a escolha
foi dela. SER PROFESSOR ESTÁ NO DNA DE NOSSA FAMÍLIA. Uma é professora de
História e, a outra, é de Português/Inglês. A nora, que resolveu começar agora,
depois de quase vinte anos em outra profissão, está se saindo muito bem. Foi
contaminada e parece que não tem volta. Parabéns! Quando existe empatia entre
professor e aluno, o caminho está aberto. Ao trabalho, pois.
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