Depois dos professores de História, lembrei-me do professor de matemática, S. Ailton
Ganzeli, que também tivemos oportunidade de rever na festa de quarenta anos de
formatura do Curso Normal. Excelente professor de Matemática. Acho que aprendi
com ele a técnica de fixação de conhecimentos: exercícios, muitos exercícios de
fixação. Eu, a Odila, o Geszer e o Ricardo nos reuníamos muito para resolvê-los.
Tinha sempre um cantinho disponível na casa da Odila. Conforme o assunto,
estudávamos em dupla, eu e a Odila, o Ricardo e o Geszer. Acredito que essa
convivência aproximou tanto a Odila do Geszer, que acabaram namorando e
casando. Como não poderia deixar de ser, eu fui madrinha de seu casamento, por
sinal, uma cerimônia lindíssima na Igreja Presbiteriana de Lençóis Paulista. Lembro-me
das palavras do Pastor: “Um verdadeiro LAR se faz com Labor, Amor e Religião”.
Isto nunca faltou na união deles.
Falando do professor Ailton, lembrei-me do professor de Matemática,
Edwaldo Roque Bianchini. Por que não foi meu Professor? Só fui encontrá-lo mais
tarde, quando me atrevi a dar algumas aulas no Virgílio Capoani, para o
magistério. Como tinha o curso de Pedagogia, pude dar, claro, aulas de matérias
pedagógicas. Dei aula até de Estatística Aplicada à Educação. Sempre gostei
muito de Matemática. Foi, então, que tive um contato mais próximo com ele e com
a Elza, sua esposa, também professora. Bianchini, como carinhosamente é
chamado, é muito querido e respeitado. Além de grande professor, trabalhou incansavelmente
na edição de livros didáticos de Matemática. Milhares de alunos continuam a
desenvolver o gosto pela matéria por causa de sua didática. Bons professores
sabem reconhecer o valor de sua obra, adotando seus livros. Quando fiz o ginásio,
o autor adotado de primeira a quarta série era Oswaldo Sangiorgi. Gostava muito
também.
A minha paixão pela matemática cresceu ainda mais no curso normal, com o
Professor Nelson Brollo, quando na matéria Prática de Ensino, nos ensinou como
trabalhar a mesma com as crianças. Foi a descoberta mais sensacional saber o porquê
de todas as noções que adquirimos ou aprendemos ABSTRATAMENTE. Enquanto
professora, fiz o impossível nas minhas aulas para demonstrar CONCRETAMENTE o
porquê de tudo. Também me lembro do Programa Fundamental de Ensino, em vigor na
época, e sobre o qual me debrucei para aprender a ensinar tudo que eu não sabia
ainda. Era um verdadeiro manual de ensino.
Com a publicação desta página, quero homenagear todos os professores de
Matemática, de modo especial, um Inspetor Escolar, ALBERTO REZENDE, que ficava
encantado com os meus aluninhos da ESCOLA MISTA DE EMERGÊNCIA DO BAIRRO
FAZENDINHA. Deixava lindos termos de visita e voltava sempre para se deliciar
com seus avanços! Esta escola marcou a minha vida. Formei-me no ano de 1963 e,
no primeiro dia letivo de 1964, já estava em sala de aula. Permaneci ali, um
ano e meio. No segundo semestre de 1965, ingressei no Magistério Público
Oficial no Segundo Grupo Escolar de Lençóis Paulista, atual Dr. Paulo Zillo,
reencontrando, agora na direção, aquela que havia sido minha professora no
terceiro ano do grupo escolar: MARIA DA CONCEIÇÃO VIEGAS GARBINO. Esta merece
páginas e páginas pelos lindos anos de sua administração.
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